Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 41
Filtrar
Mais filtros

Intervalo de ano de publicação
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(2): 351-362, fev. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1421179

RESUMO

Resumo A reemergência de doenças imunopreveníveis devido à queda das coberturas vacinais (CV) tem sido documentada em vários países. O objetivo foi analisar a CV, a homogeneidade das CV e os casos de sarampo no Brasil de 2011 a 2021, com enfoque no período da pandemia de COVID-19, sua tendência temporal, distribuição espaço-temporal e fatores associados aos aglomerados de menor CV. Trata-se de um estudo ecológico sobre a CV de sarampo (dose 1), com métodos de série temporal interrompida e de avaliação da disposição espaço-temporal, por meio do teste de varredura na identificação de aglomerados de CV. A partir de 2015, observa-se queda progressiva das CV e da homogeneidade, acentuando-se após 2020 em todas as regiões, particularmente Norte e Nordeste. Aglomerados de baixa CV foram associados a piores indicadores de desenvolvimento humano, desigualdade social e menor acesso à Estratégia de Saúde da Família. No Brasil, a pandemia intensificou as iniquidades em saúde, com baixas CV de sarampo em municípios socialmente mais vulneráveis e desiguais. Há risco de circulação do vírus, reafirmando o desafio de fortalecer a atenção básica, aprimorar a comunicação em saúde e garantir acesso à vacina, diminuindo oportunidades perdidas de vacinação e a hesitação vacinal.


Abstract The re-emergence of vaccine-preventable diseases due to the decline in vaccine coverage (VC) has been documented in several countries. The objective was to analyze the VC, the homogeneity of VC, and measles cases in Brazil from 2011 to 2021, focusing on the period of the COVID-19 pandemic, its temporal trend, space-time distribution, and factors associated with clusters of lower VC. This is an ecological study on measles VC (dose 1), with methods of interrupted time series and evaluation of spatio-temporal disposition, through the sweep test to identify clusters of VC. Starting in 2015, we observe a progressive decline in VC and homogeneity, with an accentuation after 2020, in all regions, particularly in the North and Northeast. Low VC clusters were associated with worse human development indicators, social inequality, and less access to the Family Health Strategy. In Brazil, the pandemic intensified health inequalities with low VC of measles in socially more vulnerable and unequal municipalities. There is a risk of virus circulation, however, the challenge of strengthening primary care, improving health communication and guaranteeing access to the vaccine, reducing missed opportunities for vaccination and vaccine hesitancy, is highlighted.

2.
Rev. bras. epidemiol ; 26: e230015, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423221

RESUMO

ABSTRACT Objective: To analyze the association of hospital case fatality rate and care received by children and adolescents hospitalized for COVID-19 with the gross domestic product (GDP) per capita of Brazilian municipalities and regions of residence. Methods: Data were collected from the Influenza Epidemiological Surveillance Information System and the Brazilian Institute of Geography and Statistics. The dichotomous outcomes analyzed were hospital case fatality rate of COVID-19, biological samples collected for COVID-19 diagnosis, X-rays, computed tomography (CT) scans, use of ventilatory support, and intensive care unit hospitalization. The covariates were municipal GDP per capita and the Brazilian region of residence. Poisson regression was used for the outcomes recorded in 2020 and 2021 in Brazil, covering the two COVID-19 waves in the country, adjusted for age and gender. Results: The hospital case fatality rate was 7.6%. In municipalities with lower GDP per capita deciles, the case fatality rate was almost four times higher among children and twice as high in adolescents compared to cities with higher deciles. Additionally, residents of municipalities with lower GDP per capita had fewer biological samples collected for diagnosis, X-ray examinations, and CT scans. We found regional disparities associated with case fatality rate, with worse indicators in the North and Northeast regions. The findings remained consistent over the two COVID-19 waves. Conclusion: Municipalities with lower GDP per capita, as well as the North and Northeast regions, had worse indicators of hospital case fatality rate and care.


RESUMO Objetivo: Analisar a associação entre a letalidade e o cuidado hospitalar recebido por crianças e adolescentes internados por COVID-19 e o produto interno bruto (PIB) per capita dos municípios brasileiros e a região de residência. Métodos: Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Analisaram-se como desfechos dicotômicos a letalidade hospitalar por COVID-19, a coleta de amostra biológica para diagnóstico de COVID-19, a realização de exames raio X e tomografia, o uso de suporte ventilatório e a internação em unidade de terapia intensiva. As covariáveis foram o PIB municipal per capita e a região brasileira de residência. Foi realizada regressão de Poisson para os desfechos registrados em 2020 e 2021 no Brasil e segundo o período compreendido em duas ondas de COVID-19 no país, ajustando-a por idade e sexo. Resultados: A letalidade hospitalar foi de 7,6%. Nos municípios dos menores decis de PIB per capita a letalidade foi quase quatro vezes maior entre crianças e duas vezes mais elevada entre adolescentes quando comparada àquela dos maiores decis. Adicionalmente, os residentes de municípios com menor PIB per capita realizaram menos coleta de amostra biológica para diagnóstico, exames de raio X e tomografias. Foram encontradas disparidades regionais associadas à letalidade, com piores indicadores nas regiões Norte e Nordeste. Os achados mantiveram-se consistentes durante as duas ondas de COVID-19. Conclusão: Em municípios com menor PIB per capita e das regiões Norte e Nordeste houve piores indicadores de letalidade e cuidado hospitalar.

3.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 22(4): 843-851, Oct.-Dec. 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1422686

RESUMO

Abstract Objectives: to analyze abortions provided by law (APL) carried out in Brazil between 2010 and 2019 regarding the need for travel of users, as well as the expenditure of time and money on these trips. Methods: descriptive study of records of outpatient care and hospitalizations for APL between 2010 and 2019. The municipal provision and the inter-municipal flows for the realization of the APL, the availability of public transportation for this travel, as well as its cost and time, were identified. Results: 2.6% of Brazilian municipalities had a sustained provision of APL between 2010 and 2019. Of the 15,889 APL performed, 14.8% occurred in municipalities other than those where the user lived. The smaller the population size of the municipality of residence, the higher the percentage of the need for travel. Of these inter-municipal trips, 16.0% had regular round-trip links by public transport. The total travel time ranged from 26 minutes to 4 and a half days, and the cost from R$2.70 to R$1,218.06; the highest medians were among residents of the Midwest region. Conclusions: the concentration of services, the deficiency of inter-municipal public transport, and the expenditure on travel to access the APL are barriers to users that need the health service, demanding public policies to overcome them.


Resumo Objetivos: analisar as restrições aos abortos previstos em lei (APL) realizados no Brasil entre 2010 e 2019 quanto à necessidade de deslocamento das usuárias, bem como quanto ao dispêndio de tempo e dinheiro nessas viagens. Métodos: estudo descritivo dos registros de atendimentos ambulatoriais e internações para APL entre 2010 e 2019. Foram identificados a oferta municipal e os fluxos intermunicipais para realização dos APL, a disponibilidade de transporte coletivo para esse deslocamento, bem como seu custo e tempo. Resultados: 2,6% dos municípios brasileiros tiveram oferta sustentada de APL entre 2010 e 2019. Dos 15.889 APL realizados, 14,8% se deram em municípios diferentes daqueles de residência da usuária. Quanto menor o porte populacional do município de residência, maior o percentual com necessidade de viajar. Desses deslocamentos intermunicipais, 16,0% tinham ligações regulares de ida e retorno em transporte público. O tempo de viagem total variou de 26 minutos a quatro dias e meio, e o custo de R$ 2,70 a R$ 1.218,06; as maiores medianas estiveram entre as residentes da região Centro-Oeste. Conclusões: a concentração de serviços, a deficiência de transporte público intermunicipal, bem como o dispêndio com a viagem para acesso ao APL são barreiras às usuárias que precisam do serviço de saúde, demandando políticas públicas para sua superação.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Transporte de Pacientes/economia , Transporte de Pacientes/estatística & dados numéricos , Aborto Legal/estatística & dados numéricos , Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Hospitalização , Brasil , Estudos Transversais , Serviços de Saúde Reprodutiva
4.
Prev Med ; 164: 107298, 2022 11.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36220401

RESUMO

The study aims to analyze inequalities in Covid-19 outcomes in Brazil in 2020/2021 according to the per capita Gross Domestic Product (pcGDP) of municipalities. All cases of Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) who were hospitalized or died, regardless of hospitalization, registered in Brazil in 2020 and 2021 were analyzed (n = 2,902,742), including those with a confirmed diagnosis of Covid-19 (n = 1,894,165). We calculated lethality due to Covid-19, the performance of diagnostic tests among patients with SARS, and the hospital care received by those with Covid-19 according to the pcGDP of the patients' municipalities of residence. Data were analyzed for each epidemiological week and the risk of each outcome was estimated using Poisson regression. Municipalities in the lowest pcGDP decile had (i) 30% (95%CI 28%-32%) higher lethality from Covid-19, (ii) three times higher proportion of patients with SARS without the collection of biological material for the diagnosis of Covid-19, (iii) 16% (95%CI 15%-16%) higher proportion of SARS patients testing in a period longer than two days from the onset of symptoms, (iv) 140% (95%CI 134%-145%) higher absence of CT scan use. There is deep socioeconomic inequality among Brazilian municipalities regarding the occurrence of Covid-19 negative outcomes.


Assuntos
COVID-19 , Humanos , COVID-19/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , SARS-CoV-2 , Hospitalização
5.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(9): 3689-3700, set. 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1394250

RESUMO

Resumo A oferta do aborto em gestações decorrentes de estupro é limitada no Brasil, restrita a poucos estabelecimentos e concentrada em grandes centros urbanos. Objetivou-se estimar o potencial de expansão da oferta do serviço considerando a capacidade instalada nos municípios país. A partir dos dados de junho de 2021 no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde foram elaborados três diferentes cenários de oferta de aborto previsto em lei em gestações decorrentes de estupro, e calculado o percentual da população do sexo feminino em idade fértil residente nos municípios de cada cenário por região. No primeiro cenário foram incluídos os municípios com oferta instalada, no segundo aqueles com potencial de oferta considerando as normativas vigentes, e no terceiro aqueles com potencial de oferta considerando apenas as recomendações da Organização Mundial de Saúde e o Código Penal brasileiro. Os cenários foram compostos, respectivamente, por 55, 662 e 3.741 municípios, sendo residência de 26,7%, 62,1% e 94,3% das pessoas do sexo feminino entre 10 e 49 anos do país. Em todas as regiões havia capacidade instalada para ampliação da oferta tanto à luz das normativas vigentes quanto das recomendações internacionais.


Abstract The provision of abortion in pregnancies resulting from rape in Brazil is limited, restricted to a few facilities and concentrated in large urban centers. We aimed to estimate the potential for expansion of this service considering the installed capacity in the country's municipalities. From the data of June 2021 in the Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Brazilian National Registry of Health Facilities, CNES), three different scenarios of abortion provision provided by law in pregnancies resulting from rape were elaborated, and the percentage of female population of childbearing age living in the municipalities of each scenario was calculated by region. The first scenario included the municipalities with installed provision; the second, those with potential for provision considering the current regulations; and the third, those with potential for provision considering only the recommendations of the World Health Organization and the Penal Code of Brazil. The scenarios were composed of 55, 662 and 3,741 municipalities, respectively, and were home to 26.7%, 62.1%, and 94.3% of the country's females between the ages of 10 and 49. In all regions, there was installed capacity to expand provision, both in light of current regulations and international recommendations.

6.
Cad Saude Publica ; 38(6): e00114721, 2022.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-35703669

RESUMO

The study aimed to analyze and compare the prevalence of access to medicines and associated factors among users of the Brazilian Unified National Health System (SUS). The authors analyzed data from the 2013 and 2019 editions of the Brazilian National Health Survey, a nationwide health study, representative of the Brazilian population. The outcomes were: (1) obtaining from the SUS all the medicines prescribed during care received in the SUS itself in the two weeks prior to the interview (2) and obtaining all the medicines, regardless of the source. Demographic and socioeconomic characteristics were included as independent variables. In 2019, 29.7% of the interviewees obtained all the prescribed medicines from the SUS, 81.8% obtained all the medicines in general (considering all sources), and 56.4% paid some amount for the medicines. The proportion who did obtain any medicine from the SUS and that made some out-of-pocket payment increased from 2013 to 2019. The likelihood of obtaining all the medicines in the SUS was higher among the poorest, and that of obtaining the medicines regardless of source was higher among the wealthiest. Approximately two out of three persons that were unable to access all the medicines reported difficulties obtaining them in services funded by the public sector. There was an increase in out-of-pocket expenditure on medicines in Brazil and a reduction in access through the SUS, among users of the system.


O objetivo do estudo foi analisar e comparar a prevalência, a forma de obtenção e os fatores associados ao acesso a medicamentos entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Foram analisados os dados das edições 2013 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde, estudo de abrangência nacional e representativo da população brasileira. Os desfechos foram: (1) a obtenção total, por meio do SUS, dos medicamentos prescritos em atendimentos em saúde realizados no próprio SUS nas duas semanas anteriores à entrevista, e (2) a obtenção total dos medicamentos independentemente da fonte. Características demográficas e socioeconômicas foram incluídas como variáveis independentes. Em 2019, observou-se que 29,7% dos entrevistados obtiveram no SUS todos os medicamentos prescritos, que 81,8% tiveram acesso total aos medicamentos quando consideradas todas as fontes de obtenção e que 56,4% pagaram algum valor pelos medicamentos. A proporção de pessoas que não obtiveram nenhum medicamento no SUS e que efetuaram algum desembolso direto aumentou entre 2013 e 2019. A probabilidade de obter todos os medicamentos no SUS foi maior entre os mais pobres, e de consegui-los, independentemente da fonte, foi maior entre os mais ricos. Dentre as pessoas que não conseguiram acesso a todos os medicamentos, aproximadamente duas em cada três indicaram como principal motivo dificuldades de obtenção encontradas em serviços financiados pelo setor público. Verificou-se ampliação do desembolso direto para compra de medicamentos no Brasil e redução de acesso pelo SUS entre usuários do sistema.


El objetivo de este estudio fue analizar y comparar la prevalencia, la forma de obtención y los factores asociados al acceso a los medicamentos entre los usuarios del Sistema Único de Salud (SUS) en Brasil. Se analizaron los datos de las ediciones 2013 y 2019 de la Encuesta Nacional de Salud, un estudio de cobertura nacional y representativo de la población brasileña. Los resultados fueron: (1) la obtención total, a través del SUS, de los medicamentos prescritos en los servicios de salud realizados en el propio SUS en las dos semanas anteriores a la entrevista, y (2) la obtención total de los medicamentos independientemente de la fuente. Las características demográficas y socioeconómicas se incluyeron como variables independientes. En 2019 se observó que el 29,7% de los entrevistados obtuvo todos los medicamentos prescritos en el SUS, que el 81,8% tuvo acceso total a los medicamentos al considerar todas las fuentes de obtención y que el 56,4% pagó por los medicamentos. La proporción de personas que no obtuvieron ningún medicamento en el SUS y que realizaron algún gasto directo aumentó entre 2013 y 2019. Entre los pobres, la probabilidad de obtener todos los medicamentos del SUS fue mayor, y entre los más ricos también fue mayor esta obtención independientemente de la fuente. Entre las personas que no pudieron acceder a todos los medicamentos, aproximadamente dos de cada tres indicaron como razón principal las dificultades que se encuentran en los servicios financiados con fondos públicos. Hubo un aumento del gasto directo para la compra de medicamentos en Brasil y una reducción del acceso a través del SUS entre los usuarios del sistema.


Assuntos
Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Programas Nacionais de Saúde , Brasil , Estudos Transversais , Humanos , Prevalência , Fatores Socioeconômicos
7.
Cien Saude Colet ; 27(1): 325-334, 2022 Jan.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-35043911

RESUMO

This study aimed to assess catastrophic health expenditures (CHE) and its association with socioeconomic conditions in 2009, 2011 and 2013 in Minas Gerais, Brazil. A cross-sectional study was carried out with data from the Household Sample Survey. The dependent variable was the CHE in each year of the survey. Expenditures that exceeded 10% and 25% of household income were considered catastrophic. The association between catastrophic health expenditure and independent variables was tested by the Poisson regression. The prevalence of CHE ranged from 9.0% to 11.3% and 18.9% to 24.4% within the limits of 10% and 25%, and 2011 recorded the lowest values. The largest proportion of health expenditure (94%) was related to the acquisition of medicines. The prevalence of CHE was lower among those responsible for the household with 12 or more years of study than those with no formal education. Households with a higher wealth score had, in both limits, lower prevalence of CHE than those of the first quintile. We concluded that health expenditures significantly affected the budget of households in Minas Gerais and the purchase of medicines was the main component of spending. The findings reinforce the role of the Brazilian Unified Health System (SUS) in minimizing CHE and reducing socioeconomic inequalities.


O objetivo deste estudo foi avaliar os gastos catastróficos em saúde (GCS) e sua associação com condições socioeconômicas nos anos de 2009, 2011 e 2013 em Minas Gerais. Realizou-se um estudo transversal com dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios. A variável dependente foi o GCS, em cada ano da pesquisa. Foram considerados catastróficos os gastos que ultrapassaram os limites de 10% e 25% da renda familiar. A associação entre o gasto catastrófico e as variáveis independentes foi testada por meio de regressão de Poisson. As prevalências de GCS variaram de 9,0% a 11,3% e 18,9% a 24,4% nos limites de 10% e 25%, sendo que o ano de 2011 apresentou os menores valores. A maior proporção dos gastos com saúde (94%) foi relativa aos gastos com medicamentos. A prevalência de CGS foi menor entre responsáveis pelo domicílio com maior escolaridade quando comparados àqueles sem estudo nos limites de 10% e 25%. Famílias com maior escore de riqueza apresentaram, nos dois limites, prevalência de GCS menores do que aquelas do primeiro quintil. Concluiu-se que os gastos com saúde afetaram significativamente o orçamento das famílias em Minas Gerais, sendo o gasto com medicamentos o principal componente dos gastos. Os achados reforçam o papel do SUS para minimizar o GCS e reduzir as desigualdades socioeconômicas.


Assuntos
Doença Catastrófica , Gastos em Saúde , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Humanos , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos e Questionários
8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(1): 325-334, jan. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1356048

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar os gastos catastróficos em saúde (GCS) e sua associação com condições socioeconômicas nos anos de 2009, 2011 e 2013 em Minas Gerais. Realizou-se um estudo transversal com dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios. A variável dependente foi o GCS, em cada ano da pesquisa. Foram considerados catastróficos os gastos que ultrapassaram os limites de 10% e 25% da renda familiar. A associação entre o gasto catastrófico e as variáveis independentes foi testada por meio de regressão de Poisson. As prevalências de GCS variaram de 9,0% a 11,3% e 18,9% a 24,4% nos limites de 10% e 25%, sendo que o ano de 2011 apresentou os menores valores. A maior proporção dos gastos com saúde (94%) foi relativa aos gastos com medicamentos. A prevalência de CGS foi menor entre responsáveis pelo domicílio com maior escolaridade quando comparados àqueles sem estudo nos limites de 10% e 25%. Famílias com maior escore de riqueza apresentaram, nos dois limites, prevalência de GCS menores do que aquelas do primeiro quintil. Concluiu-se que os gastos com saúde afetaram significativamente o orçamento das famílias em Minas Gerais, sendo o gasto com medicamentos o principal componente dos gastos. Os achados reforçam o papel do SUS para minimizar o GCS e reduzir as desigualdades socioeconômicas.


Abstract This study aimed to assess catastrophic health expenditures (CHE) and its association with socioeconomic conditions in 2009, 2011 and 2013 in Minas Gerais, Brazil. A cross-sectional study was carried out with data from the Household Sample Survey. The dependent variable was the CHE in each year of the survey. Expenditures that exceeded 10% and 25% of household income were considered catastrophic. The association between catastrophic health expenditure and independent variables was tested by the Poisson regression. The prevalence of CHE ranged from 9.0% to 11.3% and 18.9% to 24.4% within the limits of 10% and 25%, and 2011 recorded the lowest values. The largest proportion of health expenditure (94%) was related to the acquisition of medicines. The prevalence of CHE was lower among those responsible for the household with 12 or more years of study than those with no formal education. Households with a higher wealth score had, in both limits, lower prevalence of CHE than those of the first quintile. We concluded that health expenditures significantly affected the budget of households in Minas Gerais and the purchase of medicines was the main component of spending. The findings reinforce the role of the Brazilian Unified Health System (SUS) in minimizing CHE and reducing socioeconomic inequalities.


Assuntos
Humanos , Doença Catastrófica , Gastos em Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(6): e00114721, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374855

RESUMO

O objetivo do estudo foi analisar e comparar a prevalência, a forma de obtenção e os fatores associados ao acesso a medicamentos entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Foram analisados os dados das edições 2013 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde, estudo de abrangência nacional e representativo da população brasileira. Os desfechos foram: (1) a obtenção total, por meio do SUS, dos medicamentos prescritos em atendimentos em saúde realizados no próprio SUS nas duas semanas anteriores à entrevista, e (2) a obtenção total dos medicamentos independentemente da fonte. Características demográficas e socioeconômicas foram incluídas como variáveis independentes. Em 2019, observou-se que 29,7% dos entrevistados obtiveram no SUS todos os medicamentos prescritos, que 81,8% tiveram acesso total aos medicamentos quando consideradas todas as fontes de obtenção e que 56,4% pagaram algum valor pelos medicamentos. A proporção de pessoas que não obtiveram nenhum medicamento no SUS e que efetuaram algum desembolso direto aumentou entre 2013 e 2019. A probabilidade de obter todos os medicamentos no SUS foi maior entre os mais pobres, e de consegui-los, independentemente da fonte, foi maior entre os mais ricos. Dentre as pessoas que não conseguiram acesso a todos os medicamentos, aproximadamente duas em cada três indicaram como principal motivo dificuldades de obtenção encontradas em serviços financiados pelo setor público. Verificou-se ampliação do desembolso direto para compra de medicamentos no Brasil e redução de acesso pelo SUS entre usuários do sistema.


The study aimed to analyze and compare the prevalence of access to medicines and associated factors among users of the Brazilian Unified National Health System (SUS). The authors analyzed data from the 2013 and 2019 editions of the Brazilian National Health Survey, a nationwide health study, representative of the Brazilian population. The outcomes were: (1) obtaining from the SUS all the medicines prescribed during care received in the SUS itself in the two weeks prior to the interview (2) and obtaining all the medicines, regardless of the source. Demographic and socioeconomic characteristics were included as independent variables. In 2019, 29.7% of the interviewees obtained all the prescribed medicines from the SUS, 81.8% obtained all the medicines in general (considering all sources), and 56.4% paid some amount for the medicines. The proportion who did obtain any medicine from the SUS and that made some out-of-pocket payment increased from 2013 to 2019. The likelihood of obtaining all the medicines in the SUS was higher among the poorest, and that of obtaining the medicines regardless of source was higher among the wealthiest. Approximately two out of three persons that were unable to access all the medicines reported difficulties obtaining them in services funded by the public sector. There was an increase in out-of-pocket expenditure on medicines in Brazil and a reduction in access through the SUS, among users of the system.


El objetivo de este estudio fue analizar y comparar la prevalencia, la forma de obtención y los factores asociados al acceso a los medicamentos entre los usuarios del Sistema Único de Salud (SUS) en Brasil. Se analizaron los datos de las ediciones 2013 y 2019 de la Encuesta Nacional de Salud, un estudio de cobertura nacional y representativo de la población brasileña. Los resultados fueron: (1) la obtención total, a través del SUS, de los medicamentos prescritos en los servicios de salud realizados en el propio SUS en las dos semanas anteriores a la entrevista, y (2) la obtención total de los medicamentos independientemente de la fuente. Las características demográficas y socioeconómicas se incluyeron como variables independientes. En 2019 se observó que el 29,7% de los entrevistados obtuvo todos los medicamentos prescritos en el SUS, que el 81,8% tuvo acceso total a los medicamentos al considerar todas las fuentes de obtención y que el 56,4% pagó por los medicamentos. La proporción de personas que no obtuvieron ningún medicamento en el SUS y que realizaron algún gasto directo aumentó entre 2013 y 2019. Entre los pobres, la probabilidad de obtener todos los medicamentos del SUS fue mayor, y entre los más ricos también fue mayor esta obtención independientemente de la fuente. Entre las personas que no pudieron acceder a todos los medicamentos, aproximadamente dos de cada tres indicaron como razón principal las dificultades que se encuentran en los servicios financiados con fondos públicos. Hubo un aumento del gasto directo para la compra de medicamentos en Brasil y una reducción del acceso a través del SUS entre los usuarios del sistema.


Assuntos
Programas Nacionais de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Prevalência , Estudos Transversais , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
10.
Saúde Soc ; 31(4): e210179pt, 2022.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1410138

RESUMO

Resumo O aborto é tipificado no Código Penal brasileiro, entretanto, há casos em que ele não é punível. Nesses casos, o serviço deve ser ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo os princípios de igualdade de assistência e universalidade de acesso. No entanto, está concentrado em poucos hospitais de grandes centros urbanos, limitando o acesso. As limitações institucionais da oferta refletem desafios próprios do SUS e são acrescidas de estigmatização do procedimento, impondo barreiras adicionais ao acesso. Neste ensaio, a oferta do aborto previsto em lei no país é abordada a partir da lógica de organização do SUS e dos marcos normativos que a tangem. Em seguida, à luz de experiências e recomendações internacionais, são discutidas possibilidades de expansão da oferta e facilitação do acesso. Conclui-se que o Brasil seria capaz de oferecer de forma segura na atenção primária o aborto previsto em lei, utilizando-se de sua capilaridade para ampliar a acessibilidade geográfica, evitando o não acesso por indisponibilidade. A não garantia de acesso pode levar à busca por meios inseguros de interromper a gravidez, além de violar direitos de preservação da vida, da dignidade e da liberdade.


Abstract Abortion is defined as a crime in the Brazilian Penal Code, nonetheless, it is not punishable in some cases. In these cases, the procedure must be offered by the Brazilian National Health System (SUS) following its principles of equal assistance and universal access. However, its provision is concentrated in a few hospitals in urban centres, limiting access. The institutional limitation of provision reflects some weaknesses of SUS and is aggravated by the stigmatization of the procedure, adding barriers to accessing it. In this essay, we approach legal abortion provision based on the SUS organization and the normative frameworks on abortion in the country. Then, we discuss alternatives for expanding abortion provision and access considering international experiences and recommendations. In conclusion, Brazil could provide safe legal abortion in primary health care, using its capillarity to expand geographic accessibility, and avoiding lack of access due to unavailability. Failure to guarantee safe abortion access can lead to unsafe procedures, in addition to violating the right to preserve life, to dignity and to freedom.


Assuntos
Humanos , Feminino , Sistema Único de Saúde , Aborto Induzido , Aborto Legal , Equidade em Saúde , Universalização da Saúde , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
11.
Cad Saude Publica ; 37(6): e00233119, 2021.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34190754

RESUMO

This study aims (1) to test the association between access to basic sanitation/hygiene services in Brazilian households with their householders' socioeconomic and demographic characteristics; (2) to analyze the distribution of urban health-relevant elements in the census tracts according to their income, education and race/color composition. The information come from the 2010 Brazilian Demographic Census, which collected data regarding both household conditions and urban structure of the census tracts. Prevalence ratios were calculated using crude and adjusted Poisson regression models. The proportional distribution of the census-tract urban structure was performed, according to the deciles of the exploratory variables, and the ratios and the absolute differences between the extreme deciles were calculated. Around 4.8% of the households had no piped water, 34.7% had no sewage collection system, 9.8% had no garbage collection and 39% were considered inadequate. Families whose householders were black, indigenous or brown had lower income and educational level, and lived in the North, Northeast, and Central West regions. They were more likely to be considered inappropriate for not having piped water, sewage collection system, and garbage collection. Moreover, sectors where the majority of the population was black, had lower educational levels and lower income had significantly poor paving, street lighting, afforestation, storm drain, sidewalk and wheelchair ramp. This study analyzed national data from 2010 and provides a baseline for future studies and government planning. The relevant social inequalities reported in this study need to be addressed by effective public policies.


Assuntos
Censos , Habitação , Brasil , Humanos , Saneamento , Fatores Socioeconômicos , População Urbana
12.
Epidemiol Serv Saude ; 30(1): e2020383, 2021.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-33503213

RESUMO

OBJECTIVE: To analyze association between presence of a companion during prenatal consultations and childbirth and quality of care received by puerperal women using the Brazilian National Health System (SUS). METHODS: This was a cross-sectional study with puerperal women who underwent prenatal care and delivery on the SUS in Santa Catarina State, Brazil, in 2019, and who were interviewed within 48 hours postpartum. Prevalence ratios were estimated using Poisson regression. RESULTS: 3,580 puerperal women were interviewed. In prenatal care, presence of a companion was positively associated with receiving guidance from health professionals (PR=1.27 - 95%CI 1.08;1.50) and building a birth plan (PR=1.51 - 95%CI 1.15;1.97). At delivery, presence of a companion was associated with greater receipt of analgesics (PR=2.89 - 95%CI 1.40;5.97), non-pharmacological pain relief management (PR=1.96 - 95%CI 1.44;2.65), choice of position for delivery (PR=1.63 - 95%CI 1.24;2.16) and less likelihood of being strapped down (PR=0.47 - 95%CI 0.35;0.63). CONCLUSION: Presence of a companion during prenatal care and delivery was associated with better quality of care.


Assuntos
Período Pós-Parto , Cuidado Pré-Natal , Brasil , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Gravidez , Fatores Socioeconômicos
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(6): e00233119, 2021. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1278627

RESUMO

Abstract: This study aims (1) to test the association between access to basic sanitation/hygiene services in Brazilian households with their householders' socioeconomic and demographic characteristics; (2) to analyze the distribution of urban health-relevant elements in the census tracts according to their income, education and race/color composition. The information come from the 2010 Brazilian Demographic Census, which collected data regarding both household conditions and urban structure of the census tracts. Prevalence ratios were calculated using crude and adjusted Poisson regression models. The proportional distribution of the census-tract urban structure was performed, according to the deciles of the exploratory variables, and the ratios and the absolute differences between the extreme deciles were calculated. Around 4.8% of the households had no piped water, 34.7% had no sewage collection system, 9.8% had no garbage collection and 39% were considered inadequate. Families whose householders were black, indigenous or brown had lower income and educational level, and lived in the North, Northeast, and Central West regions. They were more likely to be considered inappropriate for not having piped water, sewage collection system, and garbage collection. Moreover, sectors where the majority of the population was black, had lower educational levels and lower income had significantly poor paving, street lighting, afforestation, storm drain, sidewalk and wheelchair ramp. This study analyzed national data from 2010 and provides a baseline for future studies and government planning. The relevant social inequalities reported in this study need to be addressed by effective public policies.


Resumo: Os objetivos do estudo foram: (1) testar a associação entre os serviços de saneamento básico/higiene nos domicílios brasileiros e as características socioeconômicas e demográficas dos/das chefes de família e (2) analisar a distribuição dos elementos urbanos relacionados à saúde nos distritos sanitários de acordo com a composição de renda, escolaridade e raça/cor. Os dados foram obtidos do Censo Demográfico de 2010, que coletou informações sobre as condições do domicílio e a infraestrutura urbana dos distritos censitários. Foram calculadas as razões de prevalência, usando modelos de regressão Poisson simples e ajustada. Foi avaliada a distribuição proporcional da infraestrutura urbana nos distritos censitários de acordo com os decis das variáveis exploratórias, e foram calculadas as razões e diferenças absolutas entre os decis extremos. Cerca de 4,8% dos domicílios não dispunham de água encanada, 34,7% faltavam esgotamento sanitário, 9,8% não tinham coleta de lixo e 39% das moradias eram consideradas inadequadas. Os domicílios chefiados por pretos/as, pardos/as ou indígenas apresentavam níveis mais baixos de renda e escolaridade, e aqueles localizados no Norte, Nordeste e Centro-oeste tinham níveis maiores de moradia inadequada e falta de água encanada, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Além disso, os distritos com maioria negra e com menores níveis de escolaridade e renda apresentavam menores coberturas de pavimentação, iluminação e arborização de ruas, galerias pluviais, calçadas e rampas para cadeira de rodas. O estudo analisou os dados de 2010 e estabeleceu uma linha de base para estudos futuros e planejamento de políticas de governo. As desigualdades sociais relevantes relatadas no estudo devem ser enfrentadas com políticas públicas efetivas.


Resumen: Los objetivos de este estudio son: (1) probar la asociación entre el acceso a servicios básicos de higiene y saneamiento en los hogares brasileños con sus principales características socioeconómicas y demográficas; (2) analizar la distribución de elementos urbanos relevantes para la salud en secciones censales, según la composición de sus ingresos, educación y raza/color. Los datos provienen del Censo Demográfico de 2010, que recogió datos, tanto respecto a las condiciones de los hogares, como al entorno urbano de las secciones censales. Las ratios de prevalencia se calcularon usando modelos de regresión crudos y ajustados de Poisson. Se realizó una distribución proporcional de las secciones censales relacionadas con el entorno urbano, según deciles de las variables exploratorias y las ratios, y se calcularon las diferencias absolutas entre los deciles extremos. Alrededor de un 4,8% de los hogares no contaban con agua canalizada, 34,7% no tenían un sistema de alcantarillado, un 9,8% no tenían recogida de basuras y un 39% de los hogares fueron considerados inadecuados. Hogares, cuyas cabezas de familia eran negros, indígenas o mulatos/mestizos, tenían bajos ingresos, educación, y vivían en el Norte, Noreste, y Centro-oeste tuvieron más probabilidad de ser considerados inapropiados, no contar con agua canalizada, sistema de alcantarillado y recogida de basuras. Además, los sectores donde la mayoría de la población era negra, con bajos niveles educativos e ingresos más bajos tenían significativamente menos cobertura de pavimentación, iluminación de calles, forestación, alcantarillado pluvial, aceras y rampas de acceso para sillas de ruedas. Este estudio analizó los datos nacionales desde 2010 y proporciona una base de referencia para futuros estudios y planificación gubernamental. Las inequidades relevantes sociales reflejadas en este estudio necesitan que ser tratadas mediante políticas públicas eficientes.


Assuntos
Humanos , Censos , Habitação , Fatores Socioeconômicos , População Urbana , Brasil , Saneamento
14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(12): e00085321, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1355955

RESUMO

Resumo: Nos casos previstos em lei, o aborto é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O presente estudo busca mapear e caracterizar a oferta e realização do procedimento no Brasil em 2019. Foram incluídos os Serviços de Referência para Interrupção de Gravidez em Casos Previstos em Lei (SRIGCPL) registrados no Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e os estabelecimentos com registros de aborto por razões médicas e legais no Sistema de Informações Ambulatoriais ou no Sistema de Informações Hospitalares. Os estabelecimentos foram caracterizados em tipo e subtipo, natureza jurídica e convênios, e georreferenciados a partir dos dados do SCNES. Em seguida, os municípios foram divididos entre os com e os sem oferta em 2019 e então apresentados por categorias de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e porte populacional. Logo foi calculada a taxa de realização de aborto previsto em lei dos dois grupos de municípios. Ao todo, 290 estabelecimentos ofertavam o serviço, sendo 101 SRIGCPL e 251 estabelecimentos com registro de procedimento. Os estabelecimentos estavam em 3,6% (200) dos municípios brasileiros. A oferta se deu majoritariamente em hospitais (98,6%), pela administração pública (62,1%), conveniada ao SUS (99,7%), em municípios da Região Sudeste (40,5%), com mais de 100 mil habitantes (59,5%) e de IDH-M alto ou muito alto (77,5%). A taxa de realização de aborto previsto em lei entre as residentes em idade fértil dos municípios sem oferta do serviço foi de 4,8 vezes menor que nos municípios com o serviço. A oferta do aborto previsto em lei no Brasil se dá de forma desigual no território, com possível implicação no acesso ao serviço.


Abstract: Abortion is supplied by the Brazilian Unified National Health System (SUS) in cases allowed under the prevailing legislation. The current study seeks to map and characterize the supply and performance of this procedure in Brazil in 2019. Data included the Referral Services for Termination of Pregnancy Authorized by Law (SRIGCPL) recorded in the National Registry of Healthcare Establishments (SCNES) and the establishments with records of abortion for medical and legal reasons in the Outpatient Information System and Hospital Information System. Establishments were characterized by type and subtype, legal status, and contractual agreements, and georeferenced according to data from the SCNES. Next, municipalities were classified as those with and without supply of the procedure in 2019 and were presented by categories of Municipal Human Development Index (HDI-M) and population size. The data were used to calculate the rates of legally authorized abortions performed in the two groups of municipalities. In all, 290 establishments supplied the service, of which 101 SRIGCPL and 251 establishments with records of the procedure. The establishments were situated in 3.6% (200) of Brazil's municipalities. The supply was mostly in hospitals (98.6%), under the public administration (62.1%), in contractual agreements with the SUS (99.7%), in municipalities in the Southeast of Brazil (40.5%), with more than 100,000 inhabitants (59.5%), and with high or very high HDI-M (77.5%). The rate of legally authorized abortions in childbearing-age residents of municipalities without supply of the service was 4.8 times lower than in municipalities with the service. The supply of legally authorized abortions in Brazil is distributed unequally across the territory, with possible negative implications for access to the service.


Resumen: En los casos previstos por la ley, el aborto es ofrecido por el Sistema Único de Salud brasileño (SUS). El presente estudio busca mapear y caracterizar la oferta y realización del procedimiento en Brasil en 2019. Se incluyeron los Servicios de Referencia para la Interrupción del Embarazo en los Casos Previstos por Ley (SRIGCPL), registrados en el Sistema del Registro Nacional de Establecimientos de Salud (SCNES), así como los establecimientos con registros de aborto por razones médicas y legales en el Sistema de Información Ambulatoria o en el Sistema de Información Hospitalaria. Los establecimientos se caracterizaron por tipo y subtipo, naturaleza jurídica y convenios, y fueron georreferenciados a partir de los datos del SCNES. En seguida, los municipios se dividieron entre los que contaban con oferta y los que carecían de ella en 2019, entonces se presentaron por categorías de Índice de Desarrollo Humano Municipal (IDH-M) y tamaño poblacional. Luego se calculó la tasa de abortos previstos por ley de los dos grupos de municipios. En total, 290 establecimientos ofertaban el servicio, donde 101 eran SRIGCPL y 251 establecimientos con registro de procedimiento. Los establecimientos eran un 3,6% (200) de los municipios brasileños. La oferta se produjo mayoritariamente en hospitales (98,6%), de administración pública (62,1%), con convenio del SUS (99,7%), en municipios de la región Sudeste (40,5%), con más de 100 mil habitantes (59,5%) y de IDH-M alto o muy alto (77,5%). La tasa de abortos previstos por ley entre las residentes en edad fértil de los municipios sin oferta del servicio fue de 4,8 veces menor que en los municipios con este servicio. La oferta del aborto previsto por ley en Brasil se produce de forma desigual en el territorio, con una posible implicación en el acceso al servicio.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Sistemas de Informação Hospitalar , Aborto Induzido , Brasil/epidemiologia , Aborto Legal , Atenção à Saúde
15.
Epidemiol. serv. saúde ; 30(1): e2020383, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1154127

RESUMO

Objetivo: Analisar a associação da presença de acompanhante no pré-natal e parto com a qualidade da assistência recebida por usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos Estudo transversal com puérperas que realizaram pré-natal e parto pelo SUS em Santa Catarina, Brasil, em 2019, entrevistadas em até 48 horas após o parto. Estimaram-se as razões de prevalências mediante regressão de Poisson. Resultados Entrevistaram-se 3.580 puérperas. No pré-natal, a presença de acompanhante associou-se positivamente ao recebimento de orientações pelos profissionais da saúde (RP=1,27 - IC95% 1,08;1,50) e à construção do plano de parto (RP=1,51 - IC95% 1,15;1,97). No parto, a presença de acompanhante associou-se ao maior recebimento de analgesia (RP=2,89 - IC95% 1,40;5,97), manobra não farmacológica para alívio da dor (RP=1,96 - IC95% 1,44;2,65), escolha da posição para o parto (RP=1,63 - IC95% 1,24;2,16) e menor probabilidade de ser amarrada (RP=0,47 - IC95% 0,35;0,63). Conclusão A presença de acompanhante no pré-natal e parto mostrou-se associada à melhor qualidade da assistência.


Objetivo: Analizar la asociación entre presencia de acompañante durante atención prenatal y parto con la calidad de atención que reciben las usuarias del Sistema Único de Salud (SUS). Métodos Estudio transversal con puérperas que recibieron atención prenatal y parto por el SUS en Santa Catarina, Brasil, en 2019, entrevistadas hasta 48 horas posparto. Las razones de prevalencia se estimaron mediante la regresión de Poisson. Resultados Se entrevistaron 3,580 puérperas. En la atención prenatal, la presencia de acompañante se asoció positivamente a recibir orientación de los profesionales de salud (RP=1,27 - IC95% 1,08; 1,50) y la construcción del plan de parto (RP=1,51 - IC95% 1,15; 1,97). En el momento del parto, se asoció con mayor recepción de analgesia (RP=2,89 - IC95% 1,40;5,97), maniobras no-farmacológicas para alivio del dolor (RP=1,96 - IC95% 1,44;2,65), elección de la posición para el parto (RP=1,63 - IC95% 1,24;2,16) y menor probabilidad de estar atada (RP=0,47 - IC95% 0,35;0,63). Conclusión La presencia de acompañante en la atención prenatal y el parto se asoció con una mejor calidad de la atención.


Objective: To analyze association between presence of a companion during prenatal consultations and childbirth and quality of care received by puerperal women using the Brazilian National Health System (SUS). Methods This was a cross-sectional study with puerperal women who underwent prenatal care and delivery on the SUS in Santa Catarina State, Brazil, in 2019, and who were interviewed within 48 hours postpartum. Prevalence ratios were estimated using Poisson regression. Results 3,580 puerperal women were interviewed. In prenatal care, presence of a companion was positively associated with receiving guidance from health professionals (PR=1.27 - 95%CI 1.08;1.50) and building a birth plan (PR=1.51 - 95%CI 1.15;1.97). At delivery, presence of a companion was associated with greater receipt of analgesics (PR=2.89 - 95%CI 1.40;5.97), non-pharmacological pain relief management (PR=1.96 - 95%CI 1.44;2.65), choice of position for delivery (PR=1.63 - 95%CI 1.24;2.16) and less likelihood of being strapped down (PR=0.47 - 95%CI 0.35;0.63). Conclusion Presence of a companion during prenatal care and delivery was associated with better quality of care.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Parto Humanizado , Período Pós-Parto , Saúde Materna , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Saúde Pública , Estudos Transversais , Direitos do Paciente/normas
16.
Proc Natl Acad Sci U S A ; 117(30): 17688-17694, 2020 07 28.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-32661145

RESUMO

Studies on geographic inequalities in life expectancy in the United States have exclusively focused on single-level analyses of aggregated data at state or county level. This study develops a multilevel perspective to understanding variation in life expectancy by simultaneously modeling the geographic variation at the levels of census tracts (CTs), counties, and states. We analyzed data from 65,662 CTs, nested within 3,020 counties and 48 states (plus District of Columbia). The dependent variable was age-specific life expectancy observed in each of the CTs. We also considered the following CT-level socioeconomic and demographic characteristics as independent variables: population density; proportions of population who are black, who are single parents, who are below the federal poverty line, and who are aged 25 or older who have a bachelor's degree or higher; and median household income. Of the total geographic variation in life expectancy at birth, 70.4% of the variation was attributed to CTs, followed by 19.0% for states and 10.7% for counties. The relative importance of CTs was greater for life expectancy at older ages (70.4 to 96.8%). The CT-level independent variables explained 5 to 76.6% of between-state variation, 11.1 to 58.6% of between-county variation, and 0.7 to 44.9% of between-CT variation in life expectancy across different age groups. Our findings indicate that population inequalities in longevity in the United States are primarily a local phenomenon. There is a need for greater precision and targeting of local geographies in public policy discourse aimed at reducing health inequalities in the United States.


Assuntos
Variação Biológica da População , Censos , Expectativa de Vida , Feminino , Geografia , Humanos , Masculino , Estados Unidos/epidemiologia
17.
Rev Saude Publica ; 53: 92, 2019.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-31644723

RESUMO

OBJECTIVE: To estimate the use of the first dose of antibiotics in the health care unit in children from the 2015 Pelotas Birth Cohort at 24 months. METHODS: A total of 4,014 children were monitored. We used descriptive statistics and Poisson regression to analyze the association between socioeconomic and demographic variables, participation in daycare units, in the activities of the Pastoral da Criança and in the Primeira Infância Melhor program, low birth weight, hospitalization between 12 and 24 months, place of medical appointment, prevalence of medical appointment in the last 30 days, prescription of antibiotics, and administration of the first dose in the health care unit. RESULTS: A total of 1,044 children had medical appointments in the last 30 days, of which 45% were prescribed antibiotics and only 10.5% were administered the first dose of this medication in the health care unit. Children with brown, yellow or indigenous skin color were administered 2.5 times more antibiotics than white children. Children whose mothers had 12 years or more of education were administered 83.0% fewer antibiotics than those whose mothers had up to 4 years of education. Among those who were hospitalized for 12 to 24 months, the use of antibiotics was almost four times higher than among those who were not. Among the children served by the Brazilian Unified Health System (SUS), only 15.3% were administered the first dose of antibiotic in the health care unit. When compared with children served by private health care or health plan, administration of the first dose in the SUS was 76.0% higher. CONCLUSIONS: Despite the efforts related to the Pastoral da Criança campaign "Antibiotic: first dose immediately," adherence to the provision of antibiotics in the health care unit is still low. Strategies are necessary and urgent so children have access to the first dose of antibiotics in the health care unit.


Assuntos
Antibacterianos/administração & dosagem , Pesquisas sobre Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Adulto , Agendamento de Consultas , Brasil/epidemiologia , Saúde da Criança/estatística & dados numéricos , Pré-Escolar , Estudos de Coortes , Prescrições de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Feminino , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Humanos , Lactente , Masculino , Mães , Programas Nacionais de Saúde , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Adulto Jovem
18.
Int J Public Health ; 64(5): 713-720, 2019 Jun.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31065728

RESUMO

OBJECTIVES: This study analyzed the evolution of regional and socioeconomic inequality in life expectancy (LE) at birth and the probability of living up to 40 (LU40) and up to 60 years of age (LU60) in Brazilian municipalities between 1991 and 2010. METHODS: We analyzed data from the last three national census (1991, 2000 and 2010) computed for the 5565 Brazilian municipalities. They were divided into centiles according to the average per capita income. Poisson regression was performed to calculate the ratios between the poorest and the richest centiles. RESULTS: The average LE (+ 8.8 years), LU40 [6.7 percentage points (pp)] and LU60 increased (12.2 pp) between 1991 and 2010. The ratio of LE between the 1% of richest counties and the 1% of poorest counties decreased from 1.20 in 1991 to 1.09 in 2010. While in the poorest municipalities there was a gain of around 12 years of life, among the richest this increase was around 7 years. CONCLUSIONS: There was a remarkable decrease in regional and socioeconomic inequality in LE, LU40 and LU60 in Brazil between 1991 and 2010.


Assuntos
Renda/estatística & dados numéricos , Expectativa de Vida/tendências , Mortalidade/tendências , Pobreza/estatística & dados numéricos , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Brasil , Cidades/estatística & dados numéricos , Feminino , Previsões , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Razão de Chances , Fatores Socioeconômicos
19.
Rev. saúde pública (Online) ; 53: 92, jan. 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1043338

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the use of the first dose of antibiotics in the health care unit in children from the 2015 Pelotas Birth Cohort at 24 months. METHODS A total of 4,014 children were monitored. We used descriptive statistics and Poisson regression to analyze the association between socioeconomic and demographic variables, participation in daycare units, in the activities of the Pastoral da Criança and in the Primeira Infância Melhor program, low birth weight, hospitalization between 12 and 24 months, place of medical appointment, prevalence of medical appointment in the last 30 days, prescription of antibiotics, and administration of the first dose in the health care unit. RESULTS A total of 1,044 children had medical appointments in the last 30 days, of which 45% were prescribed antibiotics and only 10.5% were administered the first dose of this medication in the health care unit. Children with brown, yellow or indigenous skin color were administered 2.5 times more antibiotics than white children. Children whose mothers had 12 years or more of education were administered 83.0% fewer antibiotics than those whose mothers had up to 4 years of education. Among those who were hospitalized for 12 to 24 months, the use of antibiotics was almost four times higher than among those who were not. Among the children served by the Brazilian Unified Health System (SUS), only 15.3% were administered the first dose of antibiotic in the health care unit. When compared with children served by private health care or health plan, administration of the first dose in the SUS was 76.0% higher. CONCLUSIONS Despite the efforts related to the Pastoral da Criança campaign "Antibiotic: first dose immediately," adherence to the provision of antibiotics in the health care unit is still low. Strategies are necessary and urgent so children have access to the first dose of antibiotics in the health care unit.


RESUMO OBJETIVO Estimar o uso da primeira dose do antibiótico no local de atendimento nas crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015 aos 24 meses. MÉTODOS Foram acompanhadas 4.014 crianças. A associação entre variáveis socioeconômicas e demográficas, participação em creche, nas ações da Pastoral da Criança e no programa Primeira Infância Melhor, baixo peso ao nascer, internação entre 12 e 24 meses, local da consulta, prevalência de consulta nos últimos 30 dias, prescrição de antibióticos e recebimento da primeira dose no local de atendimento foi analisada por meio de estatística descritiva e regressão de Poisson. RESULTADOS Tiveram consulta nos últimos 30 dias 1.044 crianças, das quais 45% receberam prescrição de antibiótico e apenas 10,5% receberam a primeira dose dessa medicação no local de atendimento. Crianças de cor da pele parda, amarela ou indígena tiveram um uso de antibiótico 2,5 vezes maior que o das brancas. Já as crianças cujas mães tinham 12 anos ou mais de escolaridade usaram 83,0% menos antibióticos que aquelas cujas mães tinham até quatro anos de estudo. Entre aquelas que foram internadas entre 12 e 24 meses, o uso de antibiótico foi quase quatro vezes maior do que entre as que não foram. Entre as crianças atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas 15,3% receberam a primeira dose do antibiótico no local de atendimento. Quando comparado com o de crianças atendidas por financiamento particular ou convênio, o recebimento da primeira dose no SUS chegou a ser 76,0% superior. CONCLUSÕES Apesar dos esforços relacionados à campanha da Pastoral da Criança "Antibiótico: primeira dose imediata", ainda é baixa a adesão ao fornecimento de antibióticos no local de atendimento. Estratégias são necessárias e urgentes para que as crianças tenham acesso à primeira dose de antibióticos no local de atendimento.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Adulto , Adulto Jovem , Pesquisas sobre Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Antibacterianos/administração & dosagem , Agendamento de Consultas , Prescrições de Medicamentos/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Brasil/epidemiologia , Saúde da Criança/estatística & dados numéricos , Prevalência , Estudos de Coortes , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Mães , Programas Nacionais de Saúde
20.
Epidemiol Serv Saude ; 27(4): e2018022, 2018 11 29.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-30517352

RESUMO

OBJECTIVE: to analyze evolution as to conducting seven or more prenatal consultations with pregnant women in Brazil, in the period 2000-2015 according to maternal education level and race/skin color of the newborn baby. METHODS: this was a time series study based on Live Births Information System (SINASC) data; relative and absolute inequalities were investigated, adjusted for maternal age and gestational week in which childbirth occurred. RESULTS: we analyzed approximately 48 million births; the proportion of seven or more prenatal consultations increased nationally (from 46.0% to 66.9%) in all groups analyzed; the relative difference between the extremes of education level ranged from 3.0 to 2.0, while the absolute difference ranged from 53.1 to 47.7 percentage points; the adjusted ratio between White/Black race/skin color was 1.4 in 2000 and 1.2 in 2015. CONCLUSION: the proportion of pregnant women having seven or more prenatal consultations has increased in Brazil, although inequalities are still found.


Assuntos
Disparidades em Assistência à Saúde/estatística & dados numéricos , Cuidado Pré-Natal/estatística & dados numéricos , Grupos Raciais/estatística & dados numéricos , Adolescente , Adulto , Brasil , Escolaridade , Feminino , Idade Gestacional , Sistemas de Informação em Saúde , Disparidades em Assistência à Saúde/economia , Humanos , Recém-Nascido , Idade Materna , Gravidez , Cuidado Pré-Natal/economia , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Adulto Jovem
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA